Timeout
Bom dia, meu filho, Hoje acordei pensando que ja vai fazer 1 mês que te vi. Você mudou de casa e fui te ajudar dia 07/09 e foi o dia que nos vimos. Não nos damos conta que moramos na mesma cidade, não é mesmo? Quando estamos longe, desejamos ardentemente estar perto. Movidos pela saudade, sentimento cortante, doído. Estranho saber que, mesmo perto, estamos longe, e que, subliminarmente, o sentimento de segurança de que estamos geograficamente na mesma cidade, meio que nos amortece de não carecer do toque, da presença física. Aí sempre penso em despedidas, perdas, mortes. Sim, penso. Não quer dizer que sou uma pessoa pessimista e macabra. É que já tive muitas perdas e sempre penso em como somos tolos em não aproveitarmos mesmo os momentos com quem amamos, hoje. Parece que quase ninguém mesmo pensa nisso, antes de perder pessoas, tragadas pela misteriosa morte. Conheço até pessoas da família que sequer fazem questão de saber como estão os seus, aqueles que consanguineamente tem ligaçõ