Cartas, ah, as cartas de antigamente. Só quem cresceu escrevendo e recebendo cartas entenderá meu saudosismo. As cartas eram ansiosamente esperadas, talvez porque fossem as respostas ao que havíamos perguntado, mas também porque eram, sim, um bálsamo finalizador e curador da tal ansiedade em recebe-las. Para mim era sempre um ritual escrever cartas. Desde pequena minha mãe me ensinou toda uma aristocrática e tradicional forma de escrever cartas, do início ao final, até à postagem. Me colocava sentada na mesa da sala grande da casa onde morávamos, pegava aquele bloco de papel que era específico para escrever cartas, com aquelas folhas fininhas, delicadíssimas, e, de início, por ser pequena, escrevia com lápis, para poder apagar os prováveis e normais erros pueris. Aos poucos pude ir escrevendo de caneta. Começava sempre e invariavelmente com o cabeçalho, tipo: "Itapetinga, 22 de novembro de 1975". Depois, cerca de 3 linhas abaixo, a saudação: "Querida prima, Lau
Acompanhando à execução do líder Saddam, me reportei a alguns estudos sobre a tal da “natureza humana” que tanto falo por aqui. Saddam não era melhor, claro, mas também não era pior que alguns líderes norte-americanos, por exemplo, que também seriam objetos de execração. Ao longo da história, as formas de punição e castigos não são muito diferentes, não obstante toda tecnologia e globalização incitarem a mudanças. O homem circula entre o bem e o mal, entre a bondade e a maldade, entre o altruismo e a perversidade numa facilidade impressionante. Vamos à história. Tinha um texto aqui onde, cornologicamente, fui pequisando as formas de punições existentes, ao longo da história da humanidade. Resolvi retirar, por ter ficado longo demais. Se alguem quiser, me peça que envio via email.
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Bjx