Tudo seco na alma.


Pés no chão, alma pura. Pura até de água. Nada tem pra brincar, a não ser que faça de qualquer coisa que exista e da infantil imaginação, retire algo lúdico. Da terra seca, do galho que sobrou. O costume de passar fome o faz forte e o sono é até pesado que nem sente mais calor. Não, não reclama em tomar sol. Banho, só da água pouca, quando há. Não sente-se preterido porque tem mais de cinco irmãos. Não há clientela pra psicólogos. A vida sertaneja infantil é uma escola para a alma. É uma escola para a valorização de um punhado a mais de farinha ou alguns grãos de feijão ou outro alimento qualquer a mais. Ninguém vê, ninguém sabe, ninguém lembra.

Comentários

Anônimo disse…
Deep hem amiga???
Nill Costa disse…
.....Profundo.....Desolador...

Postagens mais visitadas deste blog

'...todas as cartas são...'

Poema declaratório.

Vão pro Diabo que os carregue!