Esperança para esta desgraça.

Cientistas identificam nova proteína que inibe infecção por vírus da Aids
(da Efe, em Madri)

Uma equipe do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha identificou uma nova proteína terapêutica que poderá ajudar a evitar que as células sejam infectadas pelo vírus da Aids. O CSIC disse que a descoberta, publicada na última edição da revista "Nature Cell Biology", representa um "avanço conceitual" importante para entender as fases iniciais da infecção pelo vírus HIV e para identificar novas proteínas que ajudem a combater a Aids. O diretor do estudo, Santos Mañes, disse que os cientistas "encontraram uma proteína que se liga aos receptores que usam o vírus para entrar nas células" e infectá-las. "Cada uma das células do organismo possui um esqueleto, o citoesqueleto, que define sua forma e fornece o suporte interno necessário para que funcione", disse Mañes. "Diante de qualquer estímulo externo, como uma tentativa de infecção, o citoesqueleto reage se reorganizando mediante um complexo sistema no qual possuem um papel essencial um determinado tipo de enzimas, as Rho GTPases", acrescentou. Em trabalhos anteriores, a equipe do CSIC, que investiga há mais de uma década o processo de infecção pelo HIV, havia determinado que o vírus da Aids precisa ativar uma das enzimas citadas, a RHO-A, para invadir a célula e infectá-la. O trabalho inicial permitiu chegar à nova proteína, já que "a equipe tentou analisar como a RHO-A é ativada quando o vírus se liga à célula, e esse caminho nos levou até uma proteína de união do citoesqueleto, a filamina A", disse Mañes. Os pesquisadores do CSIC descobriram que a proteína, em caso de infecção, une os receptores do vírus com o citoesqueleto da célula e, ao mesmo tempo, ativa a enzima RHO-A. Segundo Mañes, "o sucesso que o vírus da Aids tem em infectar as células do sistema imunológico, os linfócitos T, possivelmente está no mecanismo descrito neste estudo". A partir das informações obtidas neste e em trabalhos anteriores, os cientistas acreditam que o HIV se apropria do mecanismo fisiológico que ativa as células de defesa do organismo do ser humano, os linfócitos T, para invadi-las e destruí-las. O processo depende da função da filamina A que, quando interage com os receptores do vírus, dá início a um processo de recolocação de receptores que é muito semelhante ao que ocorre na ativação dos linfócitos.

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Fonte: UOL

Comentários

Anônimo disse…
Esperanca sempre!!!!

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