"Espelho, espelho meu..."

Fábulas infantis, Branca de Neve, João e Maria, Cinderela..várias. Nelas, em meu imaginário infantil, a presença da madrasta, geralmente má, tomava formas menos atordoantes, embora seus requintes de crueldade fossem piores ou semelhantes. Isabella foi agredida, asfixiada, morta, atirada abaixo da janela do 6º andar em cumplicidade do pai e da madrasta. Madrasta essa que hoje, em meu imaginário adulto, não tem absolutamente o direito de sequer levantar a mão para bater, ou cometer um ato de qualquer violência contra um enteado. Fico me colocando no lugar, já que meus filhos têm madrasta. Jamais eu aceitaria que ela levantasse a voz ou fizesse meus filhos sofrerem qualquer tipo de agressão, seja física ou psicológica. De outra sorte, aliada ao bom senso, fico pensando nessa cumplicidade desse pai, que atira a filha pela janela do sexto andar. Monstruosidade que choca mesmo, inevitavelmente, uma nação romântica como a nossa. Eis mais uma fábula, bem moderna...e real.

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