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Ando tão sem inspiração para escrever. Acho que deve ser a imensa vontade de movimento. As palavras vem nas horas em que já se vão, pouco tempo depois. Fui de novo à Chapada, Lençois, às pressas, final de semana de natureza, risos entres amigos e tudo de melhor que se pode fazer na vida.. e envolvida com inúmeras coisas sempre. Até quando estou 'sem fazer nada', estou fazendo alguma coisa que não me dá vontade de sentar e escrever. Tenho realmente pensado mais do que 'escrivinhado'. Fase, sei disso. Blogs são assim, isentam de responsabilidades, não impõem uma sistematização e isso me atrai sempre. Daqui a pouco volto.
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Tão bom saber que ninguém morre por ter se acabado uma relação em que uma das partes ainda quer continuar e a outra não. Meu ex falou comigo agora ao fone, está tão bem, nem parece aquele que ficou chorando pelos cantos, tipo 'omundovaiseacabar' e eu fiquei tão preocupada em por um ponto final, um redundante (é, teve que ser tão redundante...), redondo e definitivo The End. Eu disse isso a ele: ninguem morre, fica todo mundo com o nariz na cara...
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Volto a repetir: não sou intolerante com burrice, mas com a manutenção dela, portanto, estimule sua mente, criatividade, leia, faça o 'caraiaquatro', mas sai prá lá com acariciamento, amaciamento e manutenção de burrice...
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Hoje foi preso um professor de Educação Física, pessoa normal, comum, que torturou a namorada por conta de ciumes. Quebrou as duas pernas, os dois braços, deu tiros, jogou leite e água quente, cortou-a em vários lugares. Ali, pertinho, em Vilas. Me chocou. Em entrevista hoje, depois da sua prisão, ele disse que 'ficou louco', 'surtou', e que tentou faze-la confessar tudo que ele estava desconfiado. Traído, teve raiva. Tenho a cada dia mais medo de me relacionar. Tenho medo mesmo. Existem mais psicopatas e desequilibrados ao meu redor do que imagino.

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Cartas, ah, as cartas de antigamente. Só quem cresceu escrevendo e recebendo cartas entenderá meu saudosismo. As cartas eram ansiosamente esperadas, talvez porque fossem as respostas ao que havíamos perguntado, mas também porque eram, sim, um bálsamo finalizador e curador da tal ansiedade em recebe-las. Para mim era sempre um ritual escrever cartas. Desde pequena minha mãe me ensinou toda uma aristocrática e tradicional forma de escrever cartas, do início ao final, até à postagem. Me colocava sentada na mesa da sala grande da casa onde morávamos, pegava aquele bloco de papel que era específico para escrever cartas, com aquelas folhas fininhas, delicadíssimas, e, de início, por ser pequena, escrevia com lápis, para poder apagar os prováveis e normais erros pueris. Aos poucos pude ir escrevendo de caneta. Começava sempre e invariavelmente com o cabeçalho, tipo: "Itapetinga, 22 de novembro de 1975". Depois, cerca de 3 linhas abaixo, a saudação: "Querida prima, Lau
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