Existem sim alguns astros e estrelas que mantenho aquela admiração, aquela quase veneração, por atributos nem sempre justificáveis, a não ser serem seres iluminados, dotados de dons especiais, artistas completos, talentosos, cheios de genialidade, seja corporalmente, como na voz, poesia, ou outra característica qualquer. Seres assim não exijo que sejam seres humanos normais, que se portem com decência, ou que sigam padrões estabelecidos. Não, são alienígenas mesmo, que quase sempre se vão cedo, por esta passagem por aqui ser mesmo muito pequena para eles, que não são daqui. São Russos da vida, Lenons, Elis, Elvis, Cassias Ellers, Janis Joplins, Rauls. Se transformam, usam entorpecentes compulsivamente, tentam talvez sublimar talentos e olvidar a humanidade latente. Ele embalou as melhores baladas dos meus anos 80. Foi uma mania nacional e mundial. Um ícone. Michael Jackson foi imitado pela maioria dos meus amigos que adorariam ter um pouquinho só do seu carisma e talento. Sua característica maior, para mim, é ter realmente se tornado um Peter Pan, numa androginia idiossincrática. Ninguém sabia direito nem sabe até hoje o que ele era, o que queria ser, o que não gostava de ser e o que poderia ter sido ou é: preto, branco, feliz, homem, mulher, gay. Ele não tinha obrigação de ser nada. Não, eu nunca me cansei de vê-lo dançar e nunca vi ninguém, depois de Elvis, igual a ele. Nem Elvis foi igual a ele. Suas pisadas na bola? Esqueço, quando relembro que em minha adolescência ele começou a imortalizar-se e imortalizar também meus melhores momentos. Morreu em carne, Michael, mas não morreu na sua genialidade e talento. Vai ficar prá sempre, nem que seja na minha memória musical, e porque não dizer, na minha mais profunda admiração pelo astro completo que foi. Com certeza, foi ha pelo menos 10 anos atras, já que foi se tornando um morto-vivo faz algum tempo. Não importa.
'...todas as cartas são...'
Cartas, ah, as cartas de antigamente. Só quem cresceu escrevendo e recebendo cartas entenderá meu saudosismo. As cartas eram ansiosamente esperadas, talvez porque fossem as respostas ao que havíamos perguntado, mas também porque eram, sim, um bálsamo finalizador e curador da tal ansiedade em recebe-las. Para mim era sempre um ritual escrever cartas. Desde pequena minha mãe me ensinou toda uma aristocrática e tradicional forma de escrever cartas, do início ao final, até à postagem. Me colocava sentada na mesa da sala grande da casa onde morávamos, pegava aquele bloco de papel que era específico para escrever cartas, com aquelas folhas fininhas, delicadíssimas, e, de início, por ser pequena, escrevia com lápis, para poder apagar os prováveis e normais erros pueris. Aos poucos pude ir escrevendo de caneta. Começava sempre e invariavelmente com o cabeçalho, tipo: "Itapetinga, 22 de novembro de 1975". Depois, cerca de 3 linhas abaixo, a saudação: "Querida prima, Lau
Comentários
abraço
Fico aquih pensando... Como num era a cabeca dele... devia ser aa mil...
SAC