Joelma é Roquenrou!
Ontem fui parar em São Gonçalo, cidadezinha perto daqui. Fui a tarde à casa de um dos meus mais queridos amigos, que mora quase vizinho, já em cólicas por uma cerveja, já que desde à semana de aniversário, viagem a Lençois, não me entregava à esbórnia. Fiquei em casa a semana inteira, recatada, até sexta-feira. Ontem não resisti mais. Não, eu não fui para ir a São Gonçalo, fui para apenas conversar um pouco, rir, tomar uma cervejinha gelada (lá sempre tem) e rever alguns amigos de fora que lá estavam e voltar pra casa, mesmo sendo sábado. Me chamaram, já dizendo que lá estaria a banda Kalypso, ops, Caplypso (Vixe, escrevi com 'K', mas é com 'C'), o que já me deu um certo entojo, mas não deixaram eu voltar pra casa e eu estou numa fase que não tenho tanta força sobre pressões quando o assunto é me render a uma boa sessão de farras, regadas a multifacetadas formas de prazer, confesso..hehehe. Em festas juninas então, agora. Tudo é muito atraente: comidas típicas, forrozinho caliente, arzinho de roça, que gosto muito. Bem, nem tanto, já que hoje raramente voce encontra esses ingredientes juninos, um bom forrozinho pé-de-serra, mesas fartas de graça, etc. Se apresentou, como disse, a grande, magnânima, estupenda banda CALYPSO. Como já estava lá, precisava ver aquilo de perto, mas de muito perto, como me é peculiar a maioria das vezes. Fiquei, como diria meu amigo, 'cheirando a caçola de Joelma', ou seja, embaixo do palco, claro (e cheirando muito Kolene e sentindo fortes odores de 'cecê') mas fiquei. Precisava me beliscar toda hora também. Aproveitei que a minha reputação 'roquenrou' já está quase denegrida, depois da comemoração do aniversario embebida por 'Violão de Ouro', banda de seresta, e me joguei. A Joelma é a Madonna nordestina sim, não vou mais negar isso. A moça tem uma energia impressionante, dança muito e se esforça muito também prá cantar, já que sua voz é mais estilo taquara rachada que outro qualquer, e o volume da voz é surpreendentemente menor do que vendo na Tv e outros canais. O cabelo loiro, agora bem mais comprido, na cintura, é o que ela mais sabe jogar, balançar, numa atitude muito mais 'roquenrou' do que muito batedor de cabeça trashmetal. Ela não pára a cabeça, os cabelos um minuto sequer, ora pegando, ora jogando, ora mostrando. O corpo escultural tem que ser elogiado, mas não existe mulher feia onde a caixa registradora não comporta mais receita financeira. Estraga tambem, mas combina com o estilo, os figurinos. Teve uma troca de roupa que ela me volta com uma saia vermelha de babados, curtissima, claro, com um shortinho branco por baixo, aquelas botas enormes, brancas (pra combinar claro com o shortinho) e um top vermelho com detalhes brancos. Mais brega impossível, mas nada que combine mais, repito. A banda estava vendendo Cd's já a R$ 5,00. O Chimbinha, digníssimo consorte da moça só canta sorrindo e não toca nada. Que meigo, se não fosse, do meio pro fim do show, já parecer um certo ar, sem preconceitos, de abestalhado, retardado. A sensação mesmo é a tal Joelma. Do meio pro fim confesso também que já não aguentava mais aquela voz e aqueles gritinhos. Comecei a sentir um certo stress, querer dar dentada naquelas moças com aqueles modelitos 'tonaroçamassouputa', (e eu com meu All Star) e sem saber o porque do stress. Quando o show deu uma pausa foi que notei que era a irritação já causada pela voz da Madonna Nosdestina. Me daria por satisfeita se ela cantasse só a musiquinha lá do '..Estaaaado do Paaaaraaaaaaaaa', e mais uma 5 e podia dizer 'Tchau geeenteeee', e ir simbora cuidar dos filhinhos. Foram duas horas de show! É, mas aquela multidão que apareceu não sei de onde não queria só isso. Acho sobrenatural, misterioso o fato de algo assim arrastar onibus e mais onibus de fâ-clubes do Brasil inteiro, por exemplo. Não via muitos casais dançando, mas pessoas com os olhos grudados no palco, como se fossem ver um show apoteótico de um astro mundial. E eu lá. Explico: são vivências minhas que não estabeleço nenhum vínculo afetivo e permanente, é aquela puladinha de cerca ideológica necessária, uma aventurazinha apenas, que não 'significa' nada, apenas prá satisfazer instintos mais primitivos..hehehehe...claro. Estou mesmo me permitindo a um empirismo talvez em alguns aspectos. Alguns pagodeiros estão a pensar: "hummmm..então ainda temos chances de converte-la". Não, nenhuma chance de me converter a nada disso. Estão zangados e com muita inveja de eu ir lá bater cabeça com Joelma, dançar colada com seresteiros, talvez quem sabe 'ir até o chão mamãe', mas nada que me afaste do que acredito. É a síndrome do Estádio de Futebol, preciso ir lá ver o jogo. E tambem tem o lado social da coisa. Amigos estão, eu estou. Me amalgamo a qualquer ambiente a depender de QUEM esteja, até por educação e bom humor e pela atração de curtir e aproveitar as coisas. Joelma e Chimbinha são o máximo, a Kalypso é o máximo, mas não é jamais o que ouço no meu cotidiano e nem compraria um cd. É bom se deixar ser mais um na multidão de vez em quando, experimentar cortejos religiosos, ir em festas estranhas, conhecer pessoas diferentes, ler o que não se gosta, trocar de caminhos, por aí . É o passageiro momento, uma efusão, um escoamento de vontades as vezes, mesmo que jamais retornem. Umas coisas e pessoas ficam, outras, passam, certamente. Fase aberta a Calypsos e outros, em prol apenas de uma conservação hedonista.
E antes que eu esqueça: ROCK'N ROLL, baby!
E antes que eu esqueça: ROCK'N ROLL, baby!
Comentários
Tome nêga!
Se rendeu??
Viu lá e ela nem cantou "desfaz as malas".
Kuakuakauakaua
Liga nao, todo sabado aquih eu limpo casa no ritmo de Joelma, o cabra fica pra morrer aquih!!!! Mas a verdade eh q sem Joelma nao tem casa limpa!!!! hahaha
Bjx
SAC