É, tenho minhas dúvidas, mas estou mais para acreditar que não acreditar que uma forte mentalização em cima de pessoas, coisas e desejos, estimula a uma grande conspiração sobrenatural, cósmica ou seilaoque, que faz a coisa toda acontecer. Acreditar em destino, essas coisas. Alguem falou de mim na semana que passou. Perguntou sobre mim como quem não queria nada, a uma outra pessoa que me conhecia. Ontem, inusitadamente, mas quando eu digo inusitadamente é algo assim incrível, porque fui a uma festa que essa pessoa seria a ultima pessoa que poderia, na minha cabeça estar lá. E na cabeça dela tambem. Caiu de para quedas. Eu, por sua vez, apenas tinha sido apresentada a esta pessoa por algumas vezes, aquela coisa bem 'nãoligueimuito', mas jamais imaginaria que ela desenvolvesse uma lembrança benfazeja sobre a minha pessoa e admirações platônicas. Tres dias depois de ter falado sobre mim, olha nós dois, cara a cara. Claro que essa foi a deixa para que se aproximasse de mim através de outro amiguinho que estava na festa, e claro que eu não acreditei de pronto na historia, achei que fosse uma cantada daquelas bem chulas. Apenas depois que me disse a quem havia perguntado por mim e que adoraria uma certa 'aproximação' comigo, fui acreditar. Seria muita coincidencia ele saber o nome dessa outra criatura. É, conspiração cósmica ou o que seja. Adorei. Vou passar a acreditar mais em destino.
'...todas as cartas são...'
Cartas, ah, as cartas de antigamente. Só quem cresceu escrevendo e recebendo cartas entenderá meu saudosismo. As cartas eram ansiosamente esperadas, talvez porque fossem as respostas ao que havíamos perguntado, mas também porque eram, sim, um bálsamo finalizador e curador da tal ansiedade em recebe-las. Para mim era sempre um ritual escrever cartas. Desde pequena minha mãe me ensinou toda uma aristocrática e tradicional forma de escrever cartas, do início ao final, até à postagem. Me colocava sentada na mesa da sala grande da casa onde morávamos, pegava aquele bloco de papel que era específico para escrever cartas, com aquelas folhas fininhas, delicadíssimas, e, de início, por ser pequena, escrevia com lápis, para poder apagar os prováveis e normais erros pueris. Aos poucos pude ir escrevendo de caneta. Começava sempre e invariavelmente com o cabeçalho, tipo: "Itapetinga, 22 de novembro de 1975". Depois, cerca de 3 linhas abaixo, a saudação: "Querida prima, Lau
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