Minha fé.
Estava arrumando minhas gavetas, livros, e coisas que guardo ao longo de alguns anos e percebi que eu tenho pouco tempo que realmente vivo e sou quem eu realmente sou. Achei poesias escritas por mim, letras de canções, fotografias, fotos que consegui resgatar depois da separação, enfim, achei muitas coisas que me remetem a um passado não muito distante, mas, que já passou.
Sempre digo que minha vida é meio que ao contrário do que vejo por aí. Casei-me muito nova, tive filhos também muito nova, acabei a Universidade depois de algum tempo, após ter me dedicado à casa, família, filhos e, só depois dos trinta, depois que me separei, com o final de um casamento de 12 anos, é que comecei realmente a viver só e batalhar por uma sobrevivência, sozinha, sem suporte de ninguém, e também a me divertir, viajar, etc. Olhando estas coisas que achei, e, a cada vez que olho as coisas que já conquistei, SOZINHA, fico sem acreditar que, mesmo tendo passado tantas dificuldades, alegrias, decepções, tantas e tantas coisas, na minha peculiar intensidade, de uma coisa nunca, mas nunca me esqueci: da FÉ.
É, a fé. Em Deus. Não entro no mérito religioso ou de crenças, embora respeite os agnósticos, ateus, etc. Não, não é disso que estou falando. Mesmo tendo sido criada numa família cristã, com princípios eclesiásticos de certa forma tradicionais, o que de forma alguma condeno, antes, agradeço deveras por ter tido tais princípios, já que vieram cercados também perifericamente de vários outros, como educação, valores, ética, honestidade e prudência, conservei dentro de mim esta fé, até agora, inabalável.
Lendo coisas que escrevi ainda à mão, onde ali gritava por socorro, muitas vezes, por me sentir só e, após me debater muito, me lembrar dessa fé, vi que não tenho mais porque me exasperar por nada. Situações ruins sempre vem, acontecem, pegam de surpresa, ainda sofro consequências das minhas escolhas, instabilidades (profissionais, financeiras, etc) mas, se tudo vem com aquela calmaria que é subjetiva, depois que você fecha seus olhos, respira fundo e sossega sua alma nessa graça que é a paz de Deus, não tenho porque me afundar, nem soçobrar, nunca, no poço da desolação. Já passei por muitas e muitas coisas que me fizeram provar dessa fé, dessa delicia de consolo.
Estava com um amigo em um almoço e, entre os amigos dele estava uma moça que está com diagnóstico de câncer. Estava já de peruca, enfrentando a batalha dura e cruel desta doença. Em meia hora de conversa ela fez passar um filme em minha cabeça, da minha vida. De como eu estou sujeita também a isto e em como eu também tenho a fé que ela disse ter. Ela está louca pela vida, sabendo que precisa agora lutar mais ainda por ela. E eu? O que eu faço pela minha vida? Passei a acordar todos os dias como se fosse o ultimo, sem querer ser aqui auto-ajuda clichê. Lutar pela vida, com fé no coração, sendo grata a Deus por cada sopro, por cada gota de suor de um filho meu que me abraça suado.
Cada coisa que arrumo, cada coisa que guardo, que escrevo, que leio, que acumulo, é como se fosse uma peça de um quebra-cabeça que esse Deus, 'objeto' dessa fé que tenho, que aprendi a desenvolver, livre de dogmas diversos e de orientações religiosamente tendenciosas, monta prá mim. Até as decepções, até as pessoas ruins que passaram e passarão por mim, até os meus sentimentos ruins por uma ou outra pessoa, acredito que não sejam em vão. Eu sou humana e preciso disso para traçar esse plano de vida a que vim aqui traçar.
Minha felicidade tem que ser agora, sempre apegada a esta fé. Sei que ter escolhido ficar só, caminhar só (quando digo só, é não estando casada), não é fácil, mas não me arrependo, do ponto de vista de que, mesmo tendo pouco aos olhos de algumas pessoas, carrego na minha mente e no meu coração um tesouro cheio de coisas. Emoções, aprendizados, amigos que conquistei, uma alegria constante, tudo dentro da minha limitação, mas fui eu, com a perseverança e a fé, com meu próprio esforço, que conseguiu e consegue. É um tesouro valioso de vida que guardo, conquistei e tem muito valor, muito valor. Um valor que só eu sei. Aliás, só eu não, Ele, Deus, também sabe.
Sempre digo que minha vida é meio que ao contrário do que vejo por aí. Casei-me muito nova, tive filhos também muito nova, acabei a Universidade depois de algum tempo, após ter me dedicado à casa, família, filhos e, só depois dos trinta, depois que me separei, com o final de um casamento de 12 anos, é que comecei realmente a viver só e batalhar por uma sobrevivência, sozinha, sem suporte de ninguém, e também a me divertir, viajar, etc. Olhando estas coisas que achei, e, a cada vez que olho as coisas que já conquistei, SOZINHA, fico sem acreditar que, mesmo tendo passado tantas dificuldades, alegrias, decepções, tantas e tantas coisas, na minha peculiar intensidade, de uma coisa nunca, mas nunca me esqueci: da FÉ.
É, a fé. Em Deus. Não entro no mérito religioso ou de crenças, embora respeite os agnósticos, ateus, etc. Não, não é disso que estou falando. Mesmo tendo sido criada numa família cristã, com princípios eclesiásticos de certa forma tradicionais, o que de forma alguma condeno, antes, agradeço deveras por ter tido tais princípios, já que vieram cercados também perifericamente de vários outros, como educação, valores, ética, honestidade e prudência, conservei dentro de mim esta fé, até agora, inabalável.
Lendo coisas que escrevi ainda à mão, onde ali gritava por socorro, muitas vezes, por me sentir só e, após me debater muito, me lembrar dessa fé, vi que não tenho mais porque me exasperar por nada. Situações ruins sempre vem, acontecem, pegam de surpresa, ainda sofro consequências das minhas escolhas, instabilidades (profissionais, financeiras, etc) mas, se tudo vem com aquela calmaria que é subjetiva, depois que você fecha seus olhos, respira fundo e sossega sua alma nessa graça que é a paz de Deus, não tenho porque me afundar, nem soçobrar, nunca, no poço da desolação. Já passei por muitas e muitas coisas que me fizeram provar dessa fé, dessa delicia de consolo.
Estava com um amigo em um almoço e, entre os amigos dele estava uma moça que está com diagnóstico de câncer. Estava já de peruca, enfrentando a batalha dura e cruel desta doença. Em meia hora de conversa ela fez passar um filme em minha cabeça, da minha vida. De como eu estou sujeita também a isto e em como eu também tenho a fé que ela disse ter. Ela está louca pela vida, sabendo que precisa agora lutar mais ainda por ela. E eu? O que eu faço pela minha vida? Passei a acordar todos os dias como se fosse o ultimo, sem querer ser aqui auto-ajuda clichê. Lutar pela vida, com fé no coração, sendo grata a Deus por cada sopro, por cada gota de suor de um filho meu que me abraça suado.
Cada coisa que arrumo, cada coisa que guardo, que escrevo, que leio, que acumulo, é como se fosse uma peça de um quebra-cabeça que esse Deus, 'objeto' dessa fé que tenho, que aprendi a desenvolver, livre de dogmas diversos e de orientações religiosamente tendenciosas, monta prá mim. Até as decepções, até as pessoas ruins que passaram e passarão por mim, até os meus sentimentos ruins por uma ou outra pessoa, acredito que não sejam em vão. Eu sou humana e preciso disso para traçar esse plano de vida a que vim aqui traçar.
Minha felicidade tem que ser agora, sempre apegada a esta fé. Sei que ter escolhido ficar só, caminhar só (quando digo só, é não estando casada), não é fácil, mas não me arrependo, do ponto de vista de que, mesmo tendo pouco aos olhos de algumas pessoas, carrego na minha mente e no meu coração um tesouro cheio de coisas. Emoções, aprendizados, amigos que conquistei, uma alegria constante, tudo dentro da minha limitação, mas fui eu, com a perseverança e a fé, com meu próprio esforço, que conseguiu e consegue. É um tesouro valioso de vida que guardo, conquistei e tem muito valor, muito valor. Um valor que só eu sei. Aliás, só eu não, Ele, Deus, também sabe.
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