Envergo mas não quebro.
Se por acaso pareço
Que agora já não padeço
De um mau pedaço na vida
Saiba que minha alegria
Como é normal, todavia
Com a dor é dividida
Eu sofro igual todo mundo
Eu apenas não me afundo
Em sofrimento infindo
Eu posso até ir ao fundo
De um poço de dor profundo
Mas volto depois sorrindo
Em tempos de tempestades
Diversas adversidades
Eu me equilibro, e requebro
É que eu sou tal qual a vara
Bamba de bambu-taquara
Eu envergo mas não quebro
Eu envergo mas não quebro
Não é só felicidade
Que tem fim na realidade
A tristeza também tem
Tudo acaba, se inicia
Temporal e calmaria
Noite e dia vai e vem
Quando é má a maré
E quando já não dá pé
Não me revolto ou nem queixo
E tal qual um barco solto
Salvo do alto mar revolto
Volto firme pro meu eixo
E em noite assim como esta
Eu cantando numa festa
Ergo o meu copo e celebro
Os bons momentos da vida
E nos maus tempos da lida
Eu envergo mas não quebro
Eu envergo mas não quebro
Eu envergo mas não quebro
Eu envergo mas não quebro
Lenine
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