E ela é uma cobra. Sim, é que a cobra é traiçoeira, falsa, cheia de artimanhas. Mas é instintivo, a cobra-animal-bicho faz porque é um animal. Lembra daquela lição de casa que a gente tinha que escrever que gente é racional e bicho é irracional? A cobra-bicho-animal é tomada por instinto. Mas ela, ela é cobra racional, seca seu alvo, lança seu bote, bota a língua pra fora e lança seu veneno, sem olhar a quem (muitas vezes) a maioria das vezes com uma mira certeira, porque quer matar, quer adoecer o alvo, até minguar suas forças. Seu olhar é sagaz, doido para devorar presas indefesas, e as que tentam se defender ela dá um giro por ali em volta e ataca por trás. Ela é traiçoeira. Impõe medo aos que passam, mas é colorida, as vezes se transforma em um bicho atraente, até sua voz de racional muda e ela é uma pomba. Nada. Ela continua sendo uma cobra peçonhenta, daquelas que o melhor autor de novelas jamais conseguiria colocar como vilã em nenhuma novela, porque tem jeito de gente,