50 tons de Tudo.

Um filme. Aquele filme que sempre passa em todos os aniversários, mas dessa vez é um filme pra la de Noir. É um filme cheio de Tarantinos e Goudarts, cheio de muita emoção e porque não dizer, chanchadas. Passa um filme como se você fosse da protagonista, mocinha, doce e lânguida, à vilã, má e sem nenhum coração.
Um filme com tantas, tantas aventuras e tantos erros e acertos, que na hora que esse filme passa, nem respirar se consegue. Dos dias em que se achou que não iam acabar até os dias em que se faltou respiração, de alegria. Sim, está passando um filme, um filme com uma excelente trilha sonora, onde os músicos também dançam e são atores nas cenas principais.

Um filme em que, só agora, houve a descoberta de que sou parte fundamental da Direção, do roteiro e não mais apenas atriz. E isso fez desse filme o melhor filme. Um achado, uma Graça, uma alegria sem fim e inabalável. Um filme de uma vida cheia de vivências interiores sutis e explícitas, impressionantes e impressionáveis, que filme nenhum de suspense teria. 

Fotografias e enquadramentos ora perfeitos, ora humanamente imperfeitos. Surrealismos pungentes e segundos e segundos de emoções. Cada segundo desse é vivido com fôlego em alta vibração. Um filme de época e totalmente e intencionalmente saudosista, sem mais culpas. Um filme, portanto, emocionante.

O filme onde parece que o objetivo foi cumprido, o de emocionar, pulsar, sentir, vibrar. Os arrependimentos por vezes latentes deixam de querer roubar a cena, dando lugar a reconquistas de novos sentimentos, lugares e pessoas. Nada abala, apenas as coisas que são interiores, que não fazem bem, aí, se trata logo de trocar de posição, que fica tudo bem. 

Entre risos digo sempre que já posso morrer. Não tenho medo da morte, apenas constato que se há alguma coisa a viver com mais intensidade do que já vivi, de agora pra frente será só lucro, porque já estou por demais satisfeita com esse filme. Cinéfila que sou, apaixonada pelos grandes dramas, séries fortes e algumas comédias até e ‘sessões da tarde’, digo que esse filme da minha vida que está passando, é o melhor filme que já assisti.

Sigo acompanhando essa Direção, esperando esse filme envelhecer numa estante ou na lembrança de algum cartaz. Ou ser raro, arquivado em algum acervo de vidas compartilhadas. Sigo assistindo e vivenciando quadro-a-quadro, expectando cenas cada dia mais felizes, naquele The End perfeito, lúdico e inesquecível.

Comentários

Unknown disse…
Emocionante!! Viver é realmente uma arte e são poucos como vc q desfrutam e vivem intensamente. Bjsss

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