Muitas vezes me vejo num poço fundo, sem saída, sem luz, sem chão, caindo, feito Alice. Não é só pensamento. É real. Muitas vezes me peguei vendo minha própria morte e os que me amam ao meu redor chorando e velando meu corpo ali, inerte e não mais rindo, e quente. Acabo sempre chorando a mim mesma. Vejo isso de cima, como um espírito perambulando no abstrato. Muitas vezes também me vejo alegre, solta entre alguma natureza, com os braços abertos e o rosto olhando pro céu, pro sol fresco e sem problemas, rindo atabalhoadamente, sem preocupações, absorta numa felicidade que nem precisa de antecedentes nem precedentes. Muitas vezes me vejo assim e me encrava no peito uma paz indescritível. Devaneios e viagens que me ocorrem, enquanto estou aqui, nesta terra cheia de contradições e que nunca, nunca nos afirma sermos totalmente felizes e completos. Tudo sempre falta. Se está bom, falta o ruim, se está ruim, falta um pouco do bom. E eu me debato contra isso. Eu preciso ser feliz, mesmo que