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Mostrando postagens de novembro, 2013

Globeleza.

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Fiz um comentário no Facebook outro dia sobre isso e esse texto, simples e direto, ilustra bem. Impressionante a contradição dos nossos tempos. Elas choram, se emocionam, claro, crendo que 'estão com a vida ganha' e isso é aplaudido por uma gama de pessoas que ao mesmo tempo, luta por direitos raciais. Não vi mesmo ninguém 'reclamar' o fato de não existirem brancas para ser a Globeleza. Na verdade, não me importa muito a coisa toda, já que estou bem certa de que a maioria vai no embalo da onda, sem pensar em direito igual p*** nenhuma. Cansei de gente poser, seja preta, branca, amarela. Quero ver é igualdade de caráter, idoneidade, gentileza, educação. Tô vendo muito preto se aproveitando do cabelo duro e da cor da pele, da luta dos afrodescendentes, para agredir. E muito branco mal educado (se aproveitando da historicidade) para também agredir. Vamos instituir o respeito mútuo e acabou. Minorias que lutam por direitos iguais são legítimas, desde que imprimam o res

Nelson Rodrigues.

Que graça tem se relacionar com alguém que não tenha expressividade e não brigue por nossa causa? Uma pessoa sem ciúme, inerte, é muito chato.

Essa tal liberdade.

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Quando entendi o que seja LIBERDADE, refiz minha história. Quis, inicialmente me encontrar dentro de mim, até conseguir pulverizar meus 'eus' por aí. Como uma faca cortante, muito cortante, tentei sublimar a periferia e entrei lá, lá dentro de mim, para, mesmo administrando  influências externas, sempre encontrar-me, aqui, dentro de mim. Da mesma forma que a liberdade sempre tem a conotação de libertinagem, resolvi que para mim não seria isso. Libertinagem me levaria ao infinito caos, sem nenhum tipo de chegada. Para que? Para me auto afirmar apenas e nada ser? Que bagagem eu traria apenas em viver tudo que a vida tem aí para me oferecer, a não ser a bagagem da sabedoria e aprendizado? Histórias para contar?  Ser livre é ter histórias interiores para contar para si mesmo, sem violentar a mim mesma com estados interiores desagradáveis. Não, viver tudo que a vida oferece não é ser livre, afinal de contas, a vida é um cosmo, infinito e eu jamais poderei alcançá-lo, sequer

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"Dizem que antes de um rio entrar no mar, treme de medo. Olha para trás, para toda a longa jornada que percorreu, para os cumes, montanhas, o caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.  Mas não há outra maneira, não há volta, é impossível. Então lança-se a adentrar no oceano, e tão somente quando entra é que o medo desaparece. Assim, fica claro não se tratar de desaparecer-se no oceano, mas de tornar-se oceano."  José dos Santos Filho

O assassino era o escriba

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida, regular como um paradigma da 1ª conjunção. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência. Foi infeliz. Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA. Não deu. Acharam um artigo indefinido na sua bagagem. A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva o tempo todo. Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. Paulo Leminski

Pratos quebrados.

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Minha mãe  tinha um jogo de jantar que só usava quando ia alguma visita lá em casa. Eu adorava comer naqueles pratos brancos, bordados. Gostava também de tirá-los da peça da sala e ir arrumando na mesa da sala de jantar, porque nós, da família, fazíamos as nossas refeições na copa. E com outro jogo de jantar, mais 'simples'. Decerto que minha mãe sabia o que estava fazendo, já que se usasse corriqueiramente os pratos 'das visitas' iam acabar quebrando e daqui a pouco não teria mais nenhum. Minha mãe se foi e creio que na tentativa de não nos afastarmos, olhando por um ponto de vista bem subjetivo e particularmente psicológico, dividimos entre eu, meu pai, meu irmão e minha irmã, esse jogo de jantar. Uso esses pratos, desde então.  Essa semana eles quebraram. Os últimos. Caíram sozinhos e quebraram. Todos. Num primeiro momento fiquei uns 5 minutos olhando aqueles pedaços espalhados e pensei na importância daquilo em mim. O fio que havia entre o passado e o meu prese

Para você, filhotão!

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Comeu, o Amor..

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"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O  amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.  O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de

Ad Infinitum

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'Discordo, meu querido amigo. Creio que podemos meio que 'eleger' ou escolher pessoas que fiquem 'forever' em nossas vidas, ou isso acontecer naturalmente. Ou Deus as coloca, como anjos, que são sim, eternos. Mesmo sem laços sanguíneos, mas, que provoquem em nós tanta mudança benéfica, nos enternecem a alma, desenvolvam laços, exista respeito, consideração, afeto, acompanham nossa trajetória, nos dão de si mais até do que merecemos, são tão valorosas, que acabam desfazendo noções até de eternidade.  Mesmo mortos, já que o assunto é o 'ser eterno', alguns continuam vivos, ensinando, provocando escolhas, orientando aos desvios. São marcantes, pelo que um dia provocaram em minha vida e do tanto que eu tive delas, em se tratando da palavra. E o que fomos, não significa nada? Basta de relações frívolas, descartáveis, vamos ser eternos, sim, ao menos no afeto e nas intenções. Um NÃO ao começar algo (amizades especialmente) com prazo de validade, fica tudo mu

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Eu, pessoa.

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'Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?' Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) Pensei antes de escrever isso aqui e ainda há tanta coisa escrita na minha mente. Talvez com o sempre receio de ser mal interpretada. Claro, hoje em dia, tudo é processo, em tempos contraditórios, onde a liberdade de expressão se contrapõe a um medo visceral de dizer, de falar. É, medo existe. O que se quer ler, ouvir, é apenas o que se lê e se ouve nas redes sociais. É  que as pessoas estão se transformando em semideuses. Mas nem é tão chocante o que vou escrever, embora quisesse que fosse ao contrário. Pessoa  já dizia e eu serei até repetitiva. Ninguém é mais infeliz, sofre por amor, se despedaça de ciúmes, é sentimental, é natural, antipatiza ninguém, se agonia, é gente. O meu receio é da interpretação errônea de que EU seja alguém infeliz, porque escrevo isso aqui. Ou que não amo ninguém, etc. E se eu for? E se eu não amar? Olhando algumas redes sociais

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Educare.

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Dar sempre satisfação às pessoas que lhe fizerem um convite, caso não possa estar presente.  Não deixar comida no prato em excesso, mas também não raspar todo o prato.  Postar os talheres em diagonal no prato após acabar a refeição, indicando que terminou de comer.  Quando alguém lhe pedir um palito de dente, um guardanapo, passe todo o paliteiro ou o porta-guardanapos para a pessoa.  Espere o 'chefe' da casa ou os donos da casa começarem a se servir, para depois servir seu prato. Retire seu prato da mesa, se ofereça para ajudar a limpar as coisas, seja prestativo e tenha iniciativa, sempre. NUNCA vá à casa de alguém sem avisar, ainda mais numa época com tantos meios de comunicação. Quando chegar em um lugar com pessoas conhecidas e outras não conhecidas, cumprimente os conhecidos, mas os não conhecidos também! Quando for se levantar da mesa ou de qualquer ambiente aonde estiverem outras pessoas conhecidas (e principalmente com pessoas 'mais velhas'), em qualquer lu

Revenge.

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