Postagens

Quando as pedras falam.

Imagem
Uma recente pesquisa feita pelo instituto Datafolha mostra que três em cada 10 brasileiros (29%), com 16 anos ou mais, são evangélicos. Se formos incluir os Católicos, como cristãos,. somam-se aí quase 90% da população brasileira. Tenho visto discussões acaloradas, geralmente criticando negativamente esse fenômeno. Como cristã desde o meu nascimento, completamente apaixonada pela história de Jesus, pela Bíblia, já que creio sim que ela é o registro (humano) do que Deus nos quis mostrar e deixar como parâmetros para viver aqui, analiso esse fenômeno de forma bem diferente. Por que não olhar isso como positivo e retirar de cada uma um pouco do que é bom? Fui criada na Igreja. Uma Igreja tradicional, porém, não tão conservadora. Uma Igreja histórica, que tinha em Calvino e Lutero seus pilares. Meus pais já eram da Igreja e assim era ativa em uma até meus 30 anos, quando, por inúmeros motivos, me afastei (desta Igreja). Acontece que, mesmo afastada, bebia de cada uma um pouco, ...

Timeout

Bom dia, meu filho, Hoje acordei pensando que ja vai fazer 1 mês que te vi. Você mudou de casa e fui te ajudar dia 07/09 e foi o dia que nos vimos. Não nos damos conta que moramos na mesma cidade, não é mesmo? Quando estamos longe, desejamos ardentemente estar perto. Movidos pela saudade, sentimento cortante, doído. Estranho saber que, mesmo perto, estamos longe, e que, subliminarmente, o sentimento de segurança de que estamos geograficamente na mesma cidade, meio que nos amortece de não carecer do toque, da presença física. Aí sempre penso em despedidas, perdas, mortes. Sim, penso. Não quer dizer que sou uma pessoa pessimista e macabra. É que já tive muitas perdas e sempre penso em como somos tolos em não aproveitarmos mesmo os momentos com quem amamos, hoje. Parece que quase ninguém mesmo pensa nisso, antes de perder pessoas, tragadas pela misteriosa morte. Conheço até pessoas da família que sequer fazem questão de saber como estão os seus, aqueles que consanguineamente tem li...

Aprender - 1

A UM JOVEM SOBRINHO QUE ESCREVEU "SEU ÓCULOS" Será que você se incomodaria se o seu tio lhe desse uma dica de linguagem, meu filho? É sobre a categoria de palavras conhecida pelos lingüistas como “pluralia tantum”, uma expressão latina que quer dizer “somente os plurais”. Estas palavras em raríssimos casos, como “núpcias”, não têm uma forma singular; mais freqüentemente, porém, elas têm uma forma singular, da qual, no entanto, diferem pelo significado. Por exemplo:  “costas” termo de anatomia, na expressão “dor nas costas”, não é o mesmo que “costa”, termo de geografia, na expressão “O Brasil tem uns oito mil quilômetros de costa”; e o mesmo sucede, entre outros casos,  com “férias”, “fogos”, “fumos”, “restos”, que todos nós sabemos não serem o mesmo que “féria”, “fogo”, “fumo”, “resto” (compare “resto de comida” com “restos mortais”, por exemplo).  É este também o caso da palavra “óculos”. Ela se distingue do singular “óculo” (que designa uma luneta náutica ou a...

Sábado

Imagem
Saímos sábado decretados a rever nossa ex casa, vizinhança (que ainda estivesse lá e vivos, claro) e assim aconteceu.  Passamos na nossa rua, os donos atuais da nossa ex casa foram muito simpáticos, como sempre. Está toda reformada. Fomos batendo nos vizinhos e encontramos D. Lipínha. Sim, não sabemos o nome dela, só aquele apelido e os nomes dos seus filhos, que eram amigos da minha irmã e do meu irmão. D. Lipinha era aquela vizinha costureira, fumava muito e lembramos que as roupas vinham todas com cheiro característico de cigarro. Pois, está viva, inteira, serelepe e ficou muito, mas muito feliz em nos reencontrar. Sua filha, Rosa, faleceu de câncer, o filho está em São Paulo e a filha chamada Marcinha (diminutivo de Marcia, óbvio) mora em Vit. da Conquista e conseguimos falar com ela por vídeo. Uma delícia reencontra-la! D. Lipinha mesmo (sempre rio com esse apelidinho) nos levou à casa da minha melhor amiga, Luciana, casa enorme, colada com a "minha'. O que nos deixou p...

Sexta-feira - Fazenda Alto Bonito.

Imagem
Ver video em instagram - @helenaquenaoedetroia Tenho que começar contando como minha irmã conseguiu descobrir se a a fazenda Alto Bonito ainda existia e se podíamos ir lá reve-la. Meu avô era um fazendeirão muito conhecido na região de Itapetinga e Itarantim e na ela se lembrava da Coopardo, empresa de insumos agropecuários, que meu avô sempre passava. Ligou pra lá e pra encurtar a historia, Deus mandou um anjo, um funcionário dessa empresa, Junior, que saiu perguntando a muita gente se ainda conhecia essa fazenda, que uma moça queria revisitar o passado ali. Minha irmã enviou fotos antigas.  Em uma das tantas peças que se encaixaram nessa abençoada viagem, minha irmã acabou recebendo o contato do atual dono da fazenda, que reside em Belem do Pará e tudo parecia já escrito nas estrelas que iria acontecer. Ele entrou em contato com os caseiros e disse que as portas da fazenda estavam abertas pra nós. Que ia mandar matar um carneiro, uma galinha e fazer um almoço pra nos recebe...

Quinta, saída e chegada.

Imagem
Primeiro dia de viagem, saímos cedinho, pois sabíamos que a viagem seria longa. Almoçamos no Shopping em Itabuna, sempre na expectativa de também rever muitas pessoas que passaram por nossas vidas. Já morei em Itabuna por 7 anos. Seria muita 'sorte' encontrar ali amigos queridos como Paulo Luna e esposa e alguns outros. Pegamos estrada novamente e chegamos em Itapetinga por volta de 15:00hs, como previsto. Fomos direto para o hotel Morumbi.  Claro, tudo está diferente do que deixamos, há 40 anos atrás, mas muita coisa ainda está EXATAMENTE igual. Descansamos um pouco e saímos para comer, ansiosos por rever tudo. Paramos logo na Praça Dairy Walley, vulgo Praça dos Bois. Nossa rua e a rua da minha avó ficam bem ali na descida. Tudo estava bem grande na nossa memória. Os bois, a Prefeitura, o Hotel Goitacaz, a própria praça. Hoje, adultos, estão bem menores. Nossa visão infantil aumenta tudo. Caminhamos por ali e percebemos que algumas casas estão do mesmo jeitinho de quando...

Cora.